domingo, 21 de dezembro de 2008

O CRIMINOSO

Hoje escrevo estas linhas com um aperto no coração e a mão na carteira. Está fácil de ver que me encontro em Lisboa, no Centro Comercial Colombo. Acabo de reparar na euforia em redor de uma zona delimitada, a transbordar de crianças, onde um gajo gordo vestido de vermelho e sentando num cadeirão almofadado cumpre a sua função profissional: Enganar as criancinhas!


Como devem calcular falo-vos dessa figura triste, enganadora e criminosa que é o Pai Natal. O Pai Natal é provavelmente o maior intrujão que tenho memória. Isto se não contarmos com o Rui Bandeira, figura de longos cabelos loiros e olhos pintados, representante do universo “masculino” português no Festival da Canção de 99.


Custa-me explorar temas que são demasiados fáceis de rebater. Todos sabemos que o Pai Natal não dá prendas a ninguém. São os pobres dos nossos pais que tem que nos dar aquelas prendas que todos recebemos com o melhor sorriso amarelo. Mas então o que sobra? Muito pouco. Sobra apenas um personagem maquiavélico vestido com uns trapos vermelhos a fazer lembrar uma parada gay e uma barba que no comum dos mortais seria sinónimo de um porco javardo.


Maquiavélico porque só um gajo assim pode obrigar um conjunto de renas a voar em altitude em pleno Inverno e com a cumplicidade da Sociedade Protectora dos Animais.


Maquiavélico porque só um gajo assim se pode vangloriar de entrar, pela chaminé, em todas as casas do Planeta apesar de ostentar toda aquela banha. E isto, sem ninguém o acusar de invasão de propriedade privada. Se prendas não dá o que vai ele lá fazer?


Maquiavélico porque só um gajo assim pode passar a vida a dar colinho às crianças e não ser acusado de centenas de crimes de pedofilia. Haja vergonha e chamem a Catalina Pestana …


Que tipo de exemplo queremos dar às nossas crianças? Passamos o ano inteiro preocupados com o seu crescimento e boa educação para depois deitarmos tudo a perder em 2 semanas, e tudo por causa desse gordo criminoso. Ainda por cima, e não satisfeitos, fazem clones aos milhares. Fico triste, mas mesmo tão triste que apetece sair daqui a correr e pagar por sexo a uma boazona qualquer vestida de Mãe Natal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não gosto do Pai Natal. Prefiro Assassinos!